sábado, 7 de abril de 2012

5a Aula



TEMA : Anjos, mitos e verdades

1) Texto base: O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Sl 34.7

2) Objetivo: Apresentar de maneira didática algumas ponderações acerca da existência dos anjos, sua atuação, bem como mitos criados.

3) Sumário

Existem 292 referencias a anjos nas Escrituras, ou seja 144 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse numero registra mais de 60 referencias ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chados pelo nome na Bíblia, GABRIEL (Dn8:16; 9:21; Lc 1:19,26) e MIGUEL (Dn 10:13,21; 12:1; Jd 9; AP 12:7). Existem também mais de 60 referencias aos querubins, seres celestiais que são citados frequentemente com a entronização simbólica de Deus no Tabernaculo e no Templo (Ex 25:18-20; 37:7-9; 1Rs 6:23-25; 8:6,7; 2 Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).

4) Anjos no Antigo Testamento


A palavra usada no AT, para designar anjo, significa simplesmente mensajeiro. Normalmente constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Ex: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade. (Gn 1:12-15).

5) Funções no Antigo Testamento

Ajuda, direção, encorajamento, proteção – em algumas ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa para o fiel cumprimento da vontade de Deus.  Como foi com o servo de Abraão enviado a buscar uma esposa para Isaque. (Gn 24:8-40). Outras vezes para dar encorajamento como foi com Jacó (Gn 28:13-15). O Salmista entendeu que o Senhor protege seu povo através de seus anjos (SL 34:7; 91:11,12).

Executores do juízo de Deus – houve ocasiões onde os anjos tiveram preponderante papel no propósito divino, como o seu braço executor de justiça. I Cr 21:15,27; Sl 78:49.

Interlocutores – Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes. Zc 1:9,13,14,18,19; 2:3; 4:1,4,5; 5:5,10; 6:4,5. Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (AP 1:1,2; 22:6).

Louvor – Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou e explicou as funções anjelicais no Sl 103:20,21. Semelhantemente, algumas vesoes trazem o louvor quando da criação - Jó 38:7. Da mesma maneira, os serafins – criaturas celestiais que são citadas apenas na visão de Isaias – ofereciam louvor por sua incomparável santidade – Is 6:2-4. O próprio nome indica sua pureza – aqueles que queimam.

6) Os anjos e o período intertestamentário

Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no periodo entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1Macabeus 7:41; 2Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome, como o caso de Uriel – 2Esdras 5:20 e Rafael – Tobias 5:4, e a partir daí, desenvolveram-se elaboradas anjelologias. O Livro apocrifo Os Segredos de Enoque, apresenta um forte interesse pelos anjos, e menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1Enoque 40:9,10). No entanto, este ensino  sobre anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.

7) A natureza dos anjos

  
NÃO SÃO SERES HUMANOS GLORIFICADOS (Hb.12:22,23):

SÃO SERES ESPIRITUAIS –Incorpóreos ( Hb.1:14 ). Não tem corpo físico, mas podem assumir forma corpórea ( Gn.18:19 ). (Sl.104:4; Hb 1:7; Ef.6:2; Mt.8:16; 12:45; Lc.7:21; Apc.16:14 ).

SÃO IMORTAIS –Os anjos não estão sujeitos à dissolução: nunca morrem. A imortalidade dos anjos se deriva de Deus e depende de Sua vontade. Os anjos são isentos da morte, porque assim Deus os fez. ( Lc.20:35,36 ).

NÃO SE REPRODUZEM CONFORME SUA ESPÉCIE –As escrituras em parte alguma ensina que os anjos são seres assexuados. Inferências encontramos referindo-se aos anjos, com o uso de pronomes do gênero masculino ( Dn.8:16,17; Lc.1:12,29,30; Apc.12:7; 20:1; 22:8,9 ). Mas, não obstante, o casamento, a reprodução, não é da ordem ou do plano de Deus.

SÃO PODEROSOS –Dotados de poder sobre-humano ( Sl.103:20; II Pd.2:11 ). São uma classe de seres criados superiores aos homens ( Sl.8:5; Hb.2:10 ). Contudo, esse poder tem seus limites estabelecidos, não são Onipotentes ( II Ts.1:7; II Sm.24:16,17 ). Veja demonstração de poder dos anjos – ( At.5:19; 12:7,23; Mt.28:2 ).
Obs: Quão capazes, portanto, são os anjos bons para ministrar ao homem; e quão desesperadora pode ser a oposição dos principados, os dominadores deste mundo tenebroso! Confiemos, portanto, na força do poder do Senhor e de seus ministros, Amém!

SÃO SERES VELOZES –( Mt.26:53 ) O pensamento que deve ser destacado, é que os anjos, cuja residência, supostamente era nos céus, podiam instantaneamente aparecer em defesa de seu Senhor. Como essas legiões de anjos poderiam passar, com tal rapidez, do céu até o triste Getsêmani, ultrapassa nosso entendimento. Sabemos apenas que a possibilidade do fenômeno indica uma atividade e rapidez verdadeiramente maravilhosa.

SÃO SERES PESSOAIS.
        
Inteligência – Dn.10:14
Emoções – Jó 38:7
Vontade – Is.14:13,14
Não são Oniscientes – Mt.24:36
Não são Onipresentes – Dn.9:21-23
Não são Onipotentes – Dn.10:13

5a Aula



TEMA : Arqueologia e Registros Fósseis

1) Texto base: No princípio, criou Deus os céus e a terra.
                         Gênesis 1:1
                         

2) Objetivo: Apresentar de maneira didática algumas ponderações acerca dos achados arqueológicos e o surgimento dos registros fósseis.

3) A Origem dos Fósseis

A variedade de organismos no registro fóssil é imensa. Existem vários processos pelos quais os organismos são fossilizados. A formação de um fóssil é, acima de tudo, um evento não tradicional. Organismos, na sua grande maioria, não estão se tornando fósseis, pois eles morrem e se decompõem naturalmente.


Os fósseis são catalogados dentro de uma linha evolutiva pelo seu posicionamento nas camadas. Portanto, há uma grande necessidade de se compreender como essas camadas se formam.

4) Coluna Geológica

As camadas da coluna geológica foram formadas por processos hidrodinâmicos rapidamente. Os fósseis poliestratas e as dobras encontradas em montanhas em camadas são visíveis e apresentam provas reais. Testes em laboratórios apresentam provas empíricas deste fato.


A suposta cronologia apresentada pela coluna geológica encontra-se equivocada desde sua base. Faltam-lhe períodos, fósseis aparecem na ordem errada, uma grande quantidade de espécies de organismos fossilizados ainda existe no planeta.

5) A Realidade sobre Registros Fósseis

O registro fóssil não apresenta uma sequência que possa sugerir diretamente uma evolução da vida, principalmente devido à grande quantidade de lacunas. As propostas de ligações para que uma sequência virtual exista são teóricas, e não empíricas.


O registro fóssil mostra que comlexidade sempre fez parte da vida no planeta Terra. Não foi algo adquirido ao longo da história.

6) Métodos de Datação

Nenhuma rocha ou fóssil vem com certidão de nascimento. Portanto, a avaliação de sua idade depende de métodos de datação, que por sua vez são divididos em incrementais e radioativos. Os métodos incrementais geralmente são utilizados para datações recentes, ao passo que os radiométricos para antigas.

7) O Mito das Eras

As longas eras apresentadas constantemente pelos naturalistas é um mito que não passa pelo rigor dos testes científicos. Milhares de anos, e não milhões ou ainda bilhões de anos, é o que se mede sem os pressupostos uniformitarianos ad hoc.


Esse mito das longas eras tem sido algo com que a ciência moderna tem aprendido a conviver por quase dois séculos. As conclusões que ele tem produzido são mais dogmáticas que científicas, e servem para tentar validar a teoria da evolução.

8) Datação por Carbono-14

Os métodos de datação radiométricos citados no início, estão baseados em pressuposições questionáveis. As idades antigas apresentadas por esses métodos estão equivocadas.


A desintegração nuclear acelerada é um processo estudada que mostra a deficiência da datação radiométrica convencional.


Para se detectar o C usa-se espectrômetros de aceleração de massa usados para medir a proporção desse elemento na natureza. São equipamentos de grande sensibilidade e precisão. Atualmente, o limite de datação com Carbono-14, removidas as incertezas relacionadas à amostra, é da ordem de 58.000 a 62.000 anos.


Uma das incongruências apresentadas, foi na coleta de rochas e pinçagem de diamantes a 200km de profundidade apresentaram um disparate de idades. Como o diamente encontrava-se na rocha, deveria ser ou da mesma idade ou mais antigo. O problema é que a rocha foi datada de 600milhões de anos, ao passo que o diamante apenas 58mil anos. Isso aponta um total equívoco na datação da rocha.


Exemplos como esse mostram o quão frágil é a forma de datação como apresentada.

9) O PORQUE

A ciência sabe que curtas eras são mais que suficientes para o aparecimento de pequenas variações nas espécies e até mesmo a extinção de muitas outras. Mas sem as longas eras não haveria tempo suficiente para a evolução das espécies ter ocorrido.


Sem os longos períodos de tempo a teoria da evolução encontra-se do elemento mais importante para a sua credibilidade.


Toda teoria científica de possuir propostas testáveis, para que não se criem mitos, como a idéia das longas eras. E este tem sido um mito que não morre.


4a Aula


TEMA : Mitos Comparados

1) Texto base: No princípio, criou Deus os céus e a terra.
                         Gênesis 1:1
                         Gênesis 6

2) Objetivo: Apresentar de maneira didática algumas ponderações acerca das narrativas mais antigas sobre a criação e sobre o dilúvio.

3) Mitos da Criação

Ao contrário da narrativa bíblica da criação, as histórias vindas da Mesopotâmia, Egito e da região Siro-Palestina vão muito além do que simplesmente explicar como o mundo físico veio a existência. Tais mitos geralmente elevavam uma divindade particular de alguma vila ou tribo acima de uma outra divindade de tribo concorrente. Havia por detrás dessa prática a intenção política de valorizar o próprio condado através da valorização da deidade do condado.

4) Egito

Por exemplo, o mito egípcio explica que a “Ilha da Criação” surgiu de um oceano primevo e que um deus específico criou todas as coisas daquela localização. O problema era que cada tribo tomava para si essa localização para valorizar a divindade que eles adoravam.

Em Memphis era o deus Ptah. Em Hermópolis era Thoth. Em Heliópolis era Re-Atum, onde uma pedra sagrada era tida como o lugar onde Re-Atum, na forma de um pássaro Bennu, iniciou o processo criador.

Em tais relatos da criação, os mitos incluem surgimento expontâneos de deuses, reprodução sexuada entre deuses e a deidificação da natureza, como elevar o sol e a lua ao nível de deidades.


Os mitos da criação geralmente focavam na geografia ou outros elementos únicos da região da tribo associada com o deus criador. Alguns mitos egípcios antigos, por exemplo, davam atenção especial a criação do Nilo.

5) Babilônia

Algumas outras dessas histórias relatam batalhas entre deuses e monstros das eras primevas, imersos em um caos aquático, onde uma dessas deidades surgiriam vencedoras em supremacia. Outros relatos afirmam que a criação surge da batalha entre um deus e um monstro primitivo, que quando derrotado teve seu corpo dividido em duas partes por esse deus, surgindo daí céu e terra, mar e céu. O mito babilônico de Enuma Elish descreve que o deus Marduks derrotou Tiamat, uma deusa-monstro marinho. Depois da terrível batalha, Marduk cortou o seu corpo ao meio, como quem corta um peixe para ser secado ao sol, e o usou para formar a abóboda do firmamento. Com essa vitória Marduk ganhou a supremacia entre os outros deuses.

6) Grécia

Os mitos gregos da criação são similares. Após o caos inicial, as deidades primordiais Gaia (deusa da terra) e Uranus (deus dos céus) emergem. Uma série de deuses-monstros, como Cronos, Typhon e Titans, nascem deles, mas Zeus (filho de Cronos) derrota esses demais deuses e estabelece a presente ordem mundial.

7) A Narrativa Bíblica

Em várias narrativas, os humanos aparecem como drones e marionetes, para agirem sob a autoridade, e para executarem o trabalho sujo dos deuses. Em outros mitos, os humanos eram escravos dessas divindades, cuja função primeira seria alimentar esses deuses através de seus sacrifícios.

A narrativa de Gênesis vem de encontro com as demais histórias, desafiando-as ao contrapor apresentando um Deus único e soberano, que apenas colocou os grandes astros no céu, e as criaturas nos oceanos e apresentou o homem como mordomo de sua criação. A narrativa criacionista de Gênesis se refere ao sol e a lua como “luminares”. Por que? Ao descrever esses corpos celestes dessa forma, a Bíblia os reduz ao estatus de meros objetos físicos que regem o tempo, apenas por emitir luz e refletí-la, marcando o calendário. Ao contrário, em outros relatos, em muitas linguagens antigas, o sol e a lua é transliterado como “deus-sol” a “deus-lua”.

É interessante ressaltar, a palavra hebraica traduzida para sol é “shemesh”, mas “Shamash”é também o nome mesopotâmio para o deus-sol. A palavra grega traduzida lua, “selena”, é também o nome próprio para a “deusa-lua”.

Porém, contrastando com o relato bíblico, os antigos registros, trazem as estrelas e constelações como seres divinos. Ao passo que a afirmação bíblia “e Ele também fez as estrelas” demonstra claramente que tais seres celestes são mera criação.

Gênesis rejeita o motivo pagão central de deificar a natureza. Além do mais, não procura elevar Yaweh acima de outros deuses. É impressionante ver que de Gn 1:1 a 2:3, no relato dos 7 dias de criação, Yaweh sequer é mencionado. O Criador é simplesmente referido como Elohim, um termo mais genérico.

Mesmo ao olharmos Gn 2 e 3 não mostra em momento algum, a necessidade de Yaweh suplantar outros deuses. Não há conquistas sobre outros deuses ou monstros, e nenhuma localização, cidade, tribo, é mencionada como o lugar onde Deus começou o processo da criação. Não há objetos de culto ou adoração que sejam mencionados.

Em resumo, o Deus de Gênesis 1 é simplesmente o Deus Universal.

8) Mitos do Dilúvio - Gilgamesh

As tradições dos povos antigos dividem em comum a inclusão de histórias sobre um dilúvio. Os registros mesopotâmios sempre entram em discussão por serem muito parecidos com os registros bíblicos, mais do que qualquer outro registro.


O registro mesopotâmio mais famoso é a versão babilônica, achado na biblioteca do rei assírio Ashurbanipal, do sétimo século antes do advento da natividade, sendo parte do extenso Epico de Gilgamesh.

Nesse épico, Gilgamesh procura por um homem chamado Utnapishtum (equivalente ao Noé bíblico), cuja história é recontada. Quando um dos mais importantes deuses, Enlil, se irrita com a cacofonia emanada do barulho dos humanos, ele decide inundar e destruir toda a humanidade em um dilúvio catastrófico. Enki, o deus das águas, revela o plano de Enlil ao mortal Utnapishtum, orientando-o a construir um enorme barco e acolher casais de animais. Orientado a não revelar esse plano a ninguém, ele é, posteriormente, comissionado a chamar sua mulher ao barco também. Por 7 dias de tormentas, esse barco é assodado pelas ondas que submergem a terra. Quando finalmente as águas baixam, o barco encalha no pico de um monte. Utnapishtum então, solta 3 aves, sendo que a última não retorna, aparentemente por ter achado abrigo em outro lugar que não a arca. Após esse episódio, o homem desembarca com sua mulher e oferecem sacrifícios aos deuses, que em troca dão ao casal vida eternal como recompensa por terem salvo a criação.

9) Mitos do Dilúvio – Sumérios e Acadianos

Um registro acadiano datado de aproximadamente 1600 a.C., reconta basicamente a mesma história encontrada no Epico Babilônico de Gilgamesh, com o diferencial que o personagem-Noé é nominado de Atra-hasis.

Uma versão suméria mais recente, conhecida como O Gênesis de Uridu, contém histórias sobre a criação e o desenvolvimento das primeiras cidades, bem como de registros sobre um grande diúvio, onde o herói chama-se Ziusudra.

10) O registro de Gênesis sobre o Dilúvio

O leitor bíblico irá imediatamente reconhecer as similaridades entre os registros mesopotâmicos e os encontrados em Gênesis. Entretanto existe uma diferença grande também.

De acordo com a Bíblia, Deus não estava simplesmente irritado com o barulho ou ruído produzido pelos humanos, mas estava extremamente contrariado com o pecado humano, como bem relata o capítulo 6:5-7 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.

Tão pouco seu plano se baseava em uma atuação parelha a decisão de outra divindade, para a contrapor. Ele mesmo escolheu Noé para que por ele fosse preservada toda a raça humana.

Gênesis também aponta para um período mais longo de chuvas, e da tempestade que cobriu a terra. E muito menos concedeu a Noé imortalidade, e sim fez um pacto com ele.

Alguns estudiosos, ao datarem o registro bíblico de Gênesis posterior a esses outros registros, sugerem que os registros mesopotâmios talvez tenham servido de modelo para a composição da narrativa bíblica. Entretanto pesquisadores mais recentes tem afirmado que o registro bíblico não é apenas uma versão do mesopotâmico, mas sim um entre muitas versões de uma mesma história.

As diferenças podem ser atribuidas a revelação espedial que Deus mesmo deu aos escritores da Bíblia, incluindo ai o escritor de Gênesis, por intermédio do qual Ele também revelou o plano da salvação.

As outras versões  provêm confirmações extra-bíblicas para a narrativa do dilúvio, mais até do que alguns sugerem, que esta seja um mito.


4a Aula
TEMA : Mitos Comparados

1) Texto base: No princípio, criou Deus os céus e a terra.
                         Gênesis 1:1
       Gênesis 6

2) Objetivo: Apresentar de maneira didática algumas ponderações acerca das narrativas mais antigas sobre a criação e sobre o dilúvio.

3) Mitos da Criação

Ao contrário da narrativa bíblica da criação, as histórias vindas da Mesopotâmia, Egito e da região Siro-Palestina vão muito além do que simplesmente explicar como o mundo físico veio a existência. Tais mitos geralmente elevavam uma divindade particular de alguma vila ou tribo acima de uma outra divindade de tribo concorrente. Havia por detrás dessa prática a intenção política de valorizar o próprio condado através da valorização da deidade do condado.

4) Egito

Por exemplo, o mito egípcio explica que a “Ilha da Criação” surgiu de um oceano primevo e que um deus específico criou todas as coisas daquela localização. O problema era que cada tribo tomava para si essa localização para valorizar a divindade que eles adoravam.

Em Memphis era o deus Ptah. Em Hermópolis era Thoth. Em Heliópolis era Re-Atum, onde uma pedra sagrada era tida como o lugar onde Re-Atum, na forma de um pássaro Bennu, iniciou o processo criador.

Em tais relatos da criação, os mitos incluem surgimento expontâneos de deuses, reprodução sexuada entre deuses e a deidificação da natureza, como elevar o sol e a lua ao nível de deidades.
Os mitos da criação geralmente focavam na geografia ou outros elementos únicos da região da tribo associada com o deus criador. Alguns mitos egípcios antigos, por exemplo, davam atenção especial a criação do Nilo.

5) Babilônia

Algumas outras dessas histórias relatam batalhas entre deuses e monstros das eras primevas, imersos em um caos aquático, onde uma dessas deidades surgiriam vencedoras em supremacia. Outros relatos afirmam que a criação surge da batalha entre um deus e um monstro primitivo, que quando derrotado teve seu corpo dividido em duas partes por esse deus, surgindo daí céu e terra, mar e céu. O mito babilônico de Enuma Elish descreve que o deus Marduks derrotou Tiamat, uma deusa-monstro marinho. Depois da terrível batalha, Marduk cortou o seu corpo ao meio, como quem corta um peixe para ser secado ao sol, e o usou para formar a abóboda do firmamento. Com essa vitória Marduk ganhou a supremacia entre os outros deuses.

6) Grécia

Os mitos gregos da criação são similares. Após o caos inicial, as deidades primordiais Gaia (deusa da terra) e Uranus (deus dos céus) emergem. Uma série de deuses-monstros, como Cronos, Typhon e Titans, nascem deles, mas Zeus (filho de Cronos) derrota esses demais deuses e estabelece a presente ordem mundial.

7) A Narrativa Bíblica

Em várias narrativas, os humanos aparecem como drones e marionetes, para agirem sob a autoridade, e para executarem o trabalho sujo dos deuses. Em outros mitos, os humanos eram escravos dessas divindades, cuja função primeira seria alimentar esses deuses através de seus sacrifícios.

A narrativa de Gênesis vem de encontro com as demais histórias, desafiando-as ao contrapor apresentando um Deus único e soberano, que apenas colocou os grandes astros no céu, e as criaturas nos oceanos e apresentou o homem como mordomo de sua criação. A narrativa criacionista de Gênesis se refere ao sol e a lua como “luminares”. Por que? Ao descrever esses corpos celestes dessa forma, a Bíblia os reduz ao estatus de meros objetos físicos que regem o tempo, apenas por emitir luz e refletí-la, marcando o calendário. Ao contrário, em outros relatos, em muitas linguagens antigas, o sol e a lua é transliterado como “deus-sol” a “deus-lua”.

É interessante ressaltar, a palavra hebraica traduzida para sol é “shemesh”, mas “Shamash”é também o nome mesopotâmio para o deus-sol. A palavra grega traduzida lua, “selena”, é também o nome próprio para a “deusa-lua”.

Porém, contrastando com o relato bíblico, os antigos registros, trazem as estrelas e constelações como seres divinos. Ao passo que a afirmação bíblia “e Ele também fez as estrelas” demonstra claramente que tais seres celestes são mera criação.

Gênesis rejeita o motivo pagão central de deificar a natureza. Além do mais, não procura elevar Yaweh acima de outros deuses. É impressionante ver que de Gn 1:1 a 2:3, no relato dos 7 dias de criação, Yaweh sequer é mencionado. O Criador é simplesmente referido como Elohim, um termo mais genérico.

Mesmo ao olharmos Gn 2 e 3 não mostra em momento algum, a necessidade de Yaweh suplantar outros deuses. Não há conquistas sobre outros deuses ou monstros, e nenhuma localização, cidade, tribo, é mencionada como o lugar onde Deus começou o processo da criação. Não há objetos de culto ou adoração que sejam mencionados.

Em resumo, o Deus de Gênesis 1 é simplesmente o Deus Universal.

8) Mitos do Dilúvio - Gilgamesh

As tradições dos povos antigos dividem em comum a inclusão de histórias sobre um dilúvio. Os registros mesopotâmios sempre entram em discussão por serem muito parecidos com os registros bíblicos, mais do que qualquer outro registro.
O registro mesopotâmio mais famoso é a versão babilônica, achado na biblioteca do rei assírio Ashurbanipal, do sétimo século antes do advento da natividade, sendo parte do extenso Epico de Gilgamesh.

Nesse épico, Gilgamesh procura por um homem chamado Utnapishtum (equivalente ao Noé bíblico), cuja história é recontada. Quando um dos mais importantes deuses, Enlil, se irrita com a cacofonia emanada do barulho dos humanos, ele decide inundar e destruir toda a humanidade em um dilúvio catastrófico. Enki, o deus das águas, revela o plano de Enlil ao mortal Utnapishtum, orientando-o a construir um enorme barco e acolher casais de animais. Orientado a não revelar esse plano a ninguém, ele é, posteriormente, comissionado a chamar sua mulher ao barco também. Por 7 dias de tormentas, esse barco é assodado pelas ondas que submergem a terra. Quando finalmente as águas baixam, o barco encalha no pico de um monte. Utnapishtum então, solta 3 aves, sendo que a última não retorna, aparentemente por ter achado abrigo em outro lugar que não a arca. Após esse episódio, o homem desembarca com sua mulher e oferecem sacrifícios aos deuses, que em troca dão ao casal vida eternal como recompensa por terem salvo a criação.

9) Mitos do Dilúvio – Sumérios e Acadianos

Um registro acadiano datado de aproximadamente 1600 a.C., reconta basicamente a mesma história encontrada no Epico Babilônico de Gilgamesh, com o diferencial que o personagem-Noé é nominado de Atra-hasis.

Uma versão suméria mais recente, conhecida como O Gênesis de Uridu, contém histórias sobre a criação e o desenvolvimento das primeiras cidades, bem como de registros sobre um grande diúvio, onde o herói chama-se Ziusudra.

10) O registro de Gênesis sobre o Dilúvio

O leitor bíblico irá imediatamente reconhecer as similaridades entre os registros mesopotâmicos e os encontrados em Gênesis. Entretanto existe uma diferença grande também.

De acordo com a Bíblia, Deus não estava simplesmente irritado com o barulho ou ruído produzido pelos humanos, mas estava extremamente contrariado com o pecado humano, como bem relata o capítulo 6:5-7 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.

Tão pouco seu plano se baseava em uma atuação parelha a decisão de outra divindade, para a contrapor. Ele mesmo escolheu Noé para que por ele fosse preservada toda a raça humana.

Gênesis também aponta para um período mais longo de chuvas, e da tempestade que cobriu a terra. E muito menos concedeu a Noé imortalidade, e sim fez um pacto com ele.

Alguns estudiosos, ao datarem o registro bíblico de Gênesis posterior a esses outros registros, sugerem que os registros mesopotâmios talvez tenham servido de modelo para a composição da narrativa bíblica. Entretanto pesquisadores mais recentes tem afirmado que o registro bíblico não é apenas uma versão do mesopotâmico, mas sim um entre muitas versões de uma mesma história.

As diferenças podem ser atribuidas a revelação espedial que Deus mesmo deu aos escritores da Bíblia, incluindo ai o escritor de Gênesis, por intermédio do qual Ele também revelou o plano da salvação.

         As outras versões  provêm confirmações extra-bíblicas para a narrativa do dilúvio, mais até do que alguns sugerem, que esta seja um mito. 

sábado, 10 de março de 2012

3a AULA


TEMA : Teorias das Origens
1) Texto base: No princípio, criou Deus os céus e a terra.
                         Gênesis 1:1

2) Objetivo: Apresentar de maneira didática as diversas correntes sobre as quais se apóiam as teorias do surgimento da vida e das origens do Universo.

3) A origem dos pensamentos
A origem do universo e do ser humano propriamente dita, data de data incerta, o certo porém é que os povos mais antigos já se debruçavam sobre o tema.
Em contraste com a narrativa bíblica da criação, as versões que surgiram na Mesopotâmia, Egito e Siro-Palestina, tendem a ir alem da criação propriamente dita do mundo físico. Tais mitos geralmente elevavam o deus daquele clã, tribo ou cidade a uma supremacia sobre os demais deuses, visando validar o prestígio daquela deidade, cidade ou tribo.
Por exemplo, o mito egípcio da criação afirmava que a “Ilha da Criação” surgiu de um oceano primevo e que um específico deus criou todas as coisas a partir daquela localização. Por outro lado, diversas tribos afirmavam que a Ilha da Criação estava em sua região e que o seu deus era o deus criador.
Alguns detalhes são reincidivos em mitos antigos. Tais como o surgimento dos deuses, reprodução sexuada de deidades, e a elevação da natureza a um status divino. Outros retratam batalhas entre deuses e monstros primitivos.
        Até mesmo os gregos pensavam assim. Após o caos inicial Gaia, a deusa da terra, se envolveu com Urano, o deus dos céus. Vários deuses-monstros surgiram dessa relação tais como Cronos, Typhon e os titans. Então Zeus, filho de Cronos, derrota essas outras divindades e estabelece a ordem mundial que vivemos.
        Em contrapartida a essa visão, Genesis apresenta a divindade única, em sua soberania, ao declarar os exércitos celestes e as grandes criaturas marinhas como meras criações suas.
    A Bíblia se refere ao sol e a lua apenas como luminares, pois descrevendo-os assim, a Bíblia os reduz a seu mero status de objetos físicos destinados exclusivamente a regerem o tempo cronológico.
       Genesis simplesmente rejeita a forma pagã de deidificar a natureza, e não busca elevar Yahweh acima dos outros deuses. Na passagem de Gn 1:1-2:3, Yahweh sequer é nominado. O Criador simplesmente é referido como Elohim – Deus. E mesmo em Gn 2 e 3 não aponta para nenhuma necessidade de superação de que Yahweh necessitou de alguma supremacia, não houve nenhuma guerra contra outros deuses ou monstros, e nenhum lugar é indicado como sendo o local inicial da criação. Da mesma forma, nenhum objeto sagrado foi indicado.

Resumindo, o Deus de Genesis 1 simplesmente é o Deus universal.

4) Primeiros pensadores
    Tanto o naturalismo evolucionista quanto o criacionismo não são cosmosvisões propostas recentemente, muito menos visões modernas. Ambas possuem suas origens a mais ou menos 2.600 anos atrás nas elocubrações dos filósofos gregos.
    Embora com toda a coloração mitológica impregnada nas visões de então, surgem duas correntes claramente definidas e que possuíam até mesmo base científica para os padrões da época.
         Um grupo defendia a tese de uma possível geração espontânea, onde tanto o Universo como a vida teriam surgido por meio de processos naturais, e outra corrente defendia que o Universo havia sido criado a partir de um plano racional.
Do lado do Naturalismo Evolucionista, Tales de Mileto foi um dos primeiros a propor que o mundo teria evoluido da água, por meio de processos naturais. Anaximandro de Mileto propos que tudo o que existe no universo seria proveniente de quatro elementos: fogo, terra, água e ar, provenientes de um elemento chamado por ele de apeiron.




5) Naturalismo Evolucionista
        Durante todo o sec XX, a teoria Darwiniana foi, de forma geral, a unica teoria ensinada como capaz de explicar o aparecimento de muitas formas de vida conhecidas no planeta.

     No início de 1859, Charles Darwin publicou um livro intitulado A Origem das Espécies. Nele Darwin não tratou da origem da vida, mas procurou fornecer uma base cientifica para a teoria naturalista que explicasse a evolução da vida.

      Darwin reuniu uma série de fatos conhecidos da sua época para  fundamentar a teoria da seleção  natural. O problema é que  tanto a lógica quanto o raciocínio de Darwin estavam baseados no conhecimento científico limitado da época.

Vide a evolução do olho humano, Darwin não fazia a menor idéia qeu a retina possui mais de 400.000 fotosensores por milímetro quadrado. Complexidade essa que nenhum mecanismo evolutivo consegue explicar.
A proposta de processos naturais produzindo a enorme complexidade e diversidade encontradas nas formas de vida, tendo estas evoluído de um ancestral comum, ainda precisa ser comprovada, exemplo disso é o caso de mutações aleatórias e desprovidas de qualquer propósito ou objetivo como as que ocorrem nas abóboras.

6) Criacionismo
        Ao vermos as origens do pensamento do Criacionismo, e por exigir uma base racional mais objetiva e de menor complexidade, podemos resumir através do pensamento de dois filósofos, dentre muitos que adotaram esse posicionamento.

O primeiro, Platão, propôs que o universo sendo regido pelas Leis encontradas na natureza, havia sido criado por um criador segundo um plano racional.

Aristóteles, por sua vez, pelas mesmas razões de Platão, aceitava que o universo havia sido criado, e foi um dos primeiros filósofos gregos a aceitar a redondeza da Terra.





7) A Origem do Universo: Astronomia e Cosmologia
          O que podemos ver a olho nú é uma parte insignificante do universo, pois existem mais estrelas no céu do que todos os grãos de areia juntos de todas as praias e desertos de nosso planeta.
           O universo é um agrupamento de mundos. Sua dimensão, segundo os calculus atuais, exceed os 10bilhões de anos-luz de raio, ou seja 100.000.000.000.000.000.000.000 km de raio.
           A ciência percorreu um longo caminho no conhecimento do universo: de um sistema geocêntrico e um uiverso estático da cosmologia antiga até um sistema heliocêntrico e um universo dinâmico da cosmologia atual.
          A origem naturalista do universo sugere que ele tenha começado por meio de um evento sobrenatural conhecido como big bang. O evento é sobrenatural porque ele não pode ser descrito pelas leis científicas conhecidas.
          Os naturalistas dizem que o  universo poderia ter começado com uma temperatura extremamente alta há 14 bilhões de anos atrás e esfriado até a temperatura presente de 270o.C negativos.
         Os criacionistas dizem que o universo começou frio completamente no instante da criação, possuindo todos os corpos celestes perfeitamente funcionais, sendo que o tempo para aquecê-los até os 270o. seria de milhares de anos.

8) Datações e milhões de anos
         Nenhuma rocha ou fossil vem com certidão de nascimento. Portanto a avaliação de sua idade depende de métodos de datação. Existem dois tipos de métodos de datação – incrementais para os recentes, e radiométricos para os antigos.
  Os métodos radiométricos são baseados em pressuposições questionáveis. O que se observa é que as idades antigas apresentadas por esses métodos estão equivocadas.
       As longas eras apresentadas constantemente pelos naturalistas é um mito que não passa pelo rigor dos testes científicos. Milhares de anos, e não milhões ou bilhões de anos é o que se mede sem os pressupostos uniformitarianos.
        As conclusões produzidas pelo mito das eras são mais dogmaticas que científicas.
    O metodo do 14C, data apenas 70mil anos. Como explicar então o paradigma de diamantes encontrados a 200km de profundidade que possuem registros de carbono detectável alto, mesmo estando em uma rocha datada de 600 milhões de anos atribuidos de forma radiológica. Lembre-se que o diamante surgiu muito antes da rocha…


         Quem precisa das longas eras são os naturalistas, pois sem elas torna-se inverossímel o argumento da evolução.